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sábado, maio 31, 2008

...Chamou-me a maior paixão da vida
Coisas banais!

Maior ou não, pouco importa...ser a única, isso sim...

[Lúcia Moniz - Dizer Que Não @ Palco Sunset, Rock In Rio Lisboa 08]

sexta-feira, maio 30, 2008

Os anjos não têm costas por isso não te vi
Só mais tarde ao passar eu reparei em ti
Quando quis desviar os meus olhos dos teus
Já não era possível já não te disse adeus ...

[Lúcia Moniz]

quinta-feira, maio 29, 2008

The Story

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules...
You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what
I've been through like you do
And I was made for you...


[Brandi Carlile - The Story]


P.S.: Obrigado Vera! :)

quarta-feira, maio 28, 2008

Porque somos todos espelhos uns dos outros...


...When I'm weak I draw strength from you
And when you're lost I know how to change your mood
And when I'm down you breathe life over me
Even though we're miles apart we are each other's destiny...


[Zero 7 - Destiny]

Dedico este post a ti... e aos meus amigos. Porque nutro por vós um amor incondicional, por serem quem são, por serem o meu chão e o meu porto de abrigo e por todas aquelas coisas que guardo na alma e não verbalizo. Por tudo isto e mais ainda...

P.S.:

...tenho saudades do que ainda não vivi! O resto são puras nostalgias...

Saudade...


...do latim "solitas, solitatis, solitáte" (solidão).

Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e, também, na música popular. Descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor.

Diz a lenda que foi cunhada na época dos Descobrimentos e que era bastante usada no Brasil, para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Traduz, pois, a melancolia causada pela lembrança, a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. É uma espécie de lembrança nostálgica e carinhosa de um bem especial que está ausente, acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo.

Uma única palavra para designar todas as mudanças desse sentimento é quase exclusividade do vocabulário da língua portuguesa em relação às línguas românicas. Há mesmo um mito de que seja intraduzível. Porém, assim não acontece no que diz respeito à língua romena, em que existe a palavra "dor", correspondente semântico perfeito da "saudade" portuguesa. Em galego existe a mesma palavra saudade, por vezes na variante soidade. Os galegos também usam a palavra morriña ou morrinha, com um significado parcialmente coincidente. Em crioulo cabo-verdiano existe a palavra sodade ou sodadi, directamente derivada da portuguesa saudade e com o mesmo significado.

Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos apontou "saudade" como a sétima palavra de mais difícil tradução.

segunda-feira, maio 26, 2008

Porto e âncora

Se um barco foras que me conduzisse
Pela tarde fora como um mar de Outubro,
No teu corpo teria porto e âncora em que medisse
A paz que só em ti quero e descubro
.
E ao fim do dia quando as aves
Abrissem em teus olhos as asas deslumbradas
Contigo teceria os meus sonhos mais suaves
E que a lua e estrelas os velassem, sossegadas.

.
[Fernando Cabrita]

NO MATTER WHO YOU ARE
NO MATTER HOW YOU LIVE
NO MATTER HOW MUCH YOU HAVE
YOU DREAM OF SOMETHING MORE

.
What is any life without the pursuit of a dream...?
.
FORGET EVERYTHING YOU KNOW ABOUT... Life... Dreams... Love... Hate... Work... Play... Family... Friends... Sex... Reality... Death... AND JUST OPEN YOUR EYES...
.
You can do whatever you want with your life but... one day... you'll know what love trully is... and it is no fuckin' lucid dream!!!

sexta-feira, maio 23, 2008

No air


...I've been watching your world from afar,
I've been trying to be where you are,
And I've been secretly falling apart...
To me, you're strange and you're beautiful,
You'd be so perfect with me but you just can't see,
You turn every head but you don't see me.
I'll put a spell on you,
You'll fall asleep and I'll put a spell on you.
And when I wake you,
I'll be the first thing you see...
Sometimes, the last thing you want comes in first,
Sometimes, the first thing you want never comes,
And I know, the waiting is all you can do...
...

[Aqualung - Strange And Beautiful] [vídeo]

Foto: espectáculo de dança "Dido And Aeneas".

quinta-feira, maio 22, 2008

Copy paste #2

«Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...».

Fernando Pessoa

terça-feira, maio 20, 2008

Just an illusion


...if vision is the only validation
then most of my life isn't real...


[Sam Sparro - Black And Gold]

A 'maré' de Adriana Calcanhotto

Com novo álbum debaixo do braço, Adriana Calcanhotto apresentou-se esta Segunda-feira na primeira de duas datas no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Nem a falta de energia na mítica sala, já perto do final do espectáculo, abalou uma actuação sublime.

O recente "Maré", o segundo disco de uma trilogia dedicada ao mar, a que a cantora brasileira deu início em 1998, com "Marítimo", serve de mote para uma digressão de cerca de dez datas por território luso, com tempo para recordar os êxitos mais antigos, que a transformaram numa das principais embaixadoras da música brasileira no nosso país. Foi precisamente o tema título do novo longa-duração que deu início ao concerto. Seguiram-se mais duas músicas novas, tão românticas como arrebatadas: 'Três', com clara inspiração argentina, e 'Seu Pensamento', música na qual Calcanhotto expressa a ligação ao país de Amália e Camões. No palco os motivos marítimos dominavam o cenário, com um búzio gigante no lado esquerdo e três painéis com golfinhos e cavalos-marinhos imediatamente atrás dos músicos que compõem a sua banda de apoio, quatro no total: Domenico Lancellotti (percussão), Bruno Medina (teclados), Alberto Continentino (baixo) e Rafael Rocha (bateria).

«Boa noite Lisboa! Como vai Lisboa? Há quanto tempo Lisboa?», afirmou a artista, no início da actuação, perante uma sala composta, mas não lotada. O último encontro com a cidade das sete colinas aconteceu há pouco mais de um mês, com uma actuação exclusiva para fãs, no Teatro São Luiz.

Vestida com uma túnica vermelha, a contrastar com o azul do cenário, esta menina mulher não é de muitas palavras, nem precisa de o ser. As suas músicas e a sua voz límpida falam por si. O primeiro momento de euforia havia de acontecer com 'Mais Feliz, um dos vários êxitos radiofónicos da trovadora urbana.

Tal como durante a gravação do mais recente álbum, em que os músicos puderam tocar livremente e deixar 'respirar' os instrumentos, também em palco há espaço para a criação. Aqui e além a banda ia experimentando novos arranjos, com recurso a caixas, melódicas ou chocalhos, tudo para reproduzir o ambiente marítimo. Foi isso que aconteceu na sombria e enigmática 'Sem Saída', tema de 'Maré'. Adriana também trocou diversas vezes de guitarra, sendo que as várias que usou se encontravam perfeitamente alinhadas no palco, mesmo ao seu lado.

Em 'Poética do Eremita', tema com letra da poetisa lusa Fiama Hasse Pais Brandão, Calcanhotto sacou do seu violoncelo e pintou uma das mais fabulosas "telas marítimas" da noite, com uma sonoridade a lembrar os saudosos Madredeus. Seguiu-se o já incontornável 'Fico Assim Sem Você', cantado a uma só voz, 'Um Dia Desses', o single de avanço do novo conjunto de originais, e o inconfundível 'Vambora', que recebeu uma das maiores ovações da noite e foi cantado em uníssono pelo público luso.

O concerto terminou instantes depois de forma abrupta, devido a uma falha eléctrica no Coliseu, quando a cantora interpretava a canção 'Mulher Sem Razão'. Vinte minutos depois, e quando alguns espectadores já abandonavam a sala, Adriana Calcanhoto ressurgiu, corajosa, no palco, sem sistema de luz ou de som, iluminada apenas pelas luzes de emergência. A mítica sala ficou em silêncio para a ouvir cantar as últimas três músicas, sem microfone. 'Quem Vem Pra Beira Do Mar', 'Mulher Sem Razão' e Maresia', do "irmão" "Marítimo", encerraram a actuação da brasileira, que terminou com o público a aplaudir de pé, pela coragem mas, também, pelo concerto irrepreensível a que nem um apagão imprimiu mácula alguma. Esta Terça-feira repete-se a actuação na capital e, depois, Calcanhotto ruma ao Porto, Guimarães e Ponta Delgada, regressando em Julho para se apresentar no festival Delta Tejo, em Lisboa.

O alinhamento do espectáculo foi o seguinte:

Maré
Três
Seu Pensamento
Mais Feliz
Asas
Para Lá
Teu Nome Mais Secreto
Vai Saber
Esquadros
Sem Saída
Poética do Eremita
Fico Assim Sem Você
Um Dia Desses
Vambora
Mulher Sem Razão

Encore
Quem Vem Pra Beira Do Mar
Mulher Sem Razão
Maresia

in Cotonete.

segunda-feira, maio 19, 2008


«Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser 
desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? 

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e 
descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.


Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. 

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A 
"vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um 
fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem 
tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não 
dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa 
alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, 
não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que 
a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e 
minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade 
pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num 
momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por 
muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda 
o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não 
esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor 
que se lhe tem. 

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se 
ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver 
sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também».
Miguel Esteves Cardoso in Expresso

Alanis Morissette - Underneath



Vídeo oficial para 'Underneath' o primeiro single a ser extraído do novo disco de Alanis Morissette - "Flavors Of Entanglement" - nas lojas a 02 de Junho. Concerto no RIR - Lisboa 08 a 31 de Maio.

sábado, maio 17, 2008

Mesa - Para Todo O Mal

Depois de dois trabalhos aclamados pela crítica e reconhecidos pelo público, eis que os Mesa lançam em 2008 uma nova incursão nas lides discográficas. "Para Todo o Mal" é a terceira "vitamina" do grupo do Porto e dá continuidade ao trabalho de fusão entre a pop dancável com camadas jazzy, o rock e a electrónica, com pinceladas de funk e até de música clássica.

Embora não apresente mudanças de maior no cardápio sonoro da dupla de 'Luz Vaga' e 'Vício de Ti', o novo longa-duração representa uma refrescante incursão no território rock old school, a la Kinks ou Stones. 'Estrela Carente', 'Tribunal da Relação' e 'Não Vai Ser Bom' são exemplos dessa catarse rockeira e 'quase' inovação sonora, assente no rock cru, e fazem de "Para Todo o Mal" o disco mais 'pesado' da dupla e, simultaneamente, o seu trabalho mais espontâneo, criativo, coeso e directo. Os convidados, designadamente o guitarrista Alexandre Soares, o saxofonista José Pedro Coelho e o percussionista Jean-François Léze terão, certamente, contribuído para esta maturação.

Um outro bálsamo auditivo, até aqui nunca apresentado por Mónica Ferraz e João Pedro Coimbra, é uma abordagem próxima da música clássica, em parceria com a Orquestra Nacional do Porto. Esse novo caminho no metabolismo do grupo é especialmente notório no tema de abertura do disco, 'Porta de Entrada (Intro)'.


O single 'Boca do Mundo' sai claramente ao lado do território habitual do colectivo. É daquelas pérolas que, normalmente, se guardam para fechar os discos e que, por norma, só são compreendidas e aclamadas pelos verdadeiros seguidores das bandas. Isso e o facto de não ter um refrão forte, muito embora tenha uma melodia fabulosa, representa uma péssima escolha para primeiro avanço de um álbum que tem tudo para vingar ao nível comercial.

Depois há o devaneio electrónico a que os Mesa nos têm habituado e que tem em 'Munição' o seu auge. 'Quando as Palavras' lembra 'Divagadora', enquanto 'Paladar' e 'Para Todo o Mal' têm um travo retro absolutamente irresistível, assente na toada electrónica criada por João Pedro e abrilhandada pelo timbre ímpar da voz de Mónica Ferraz.

Em 2001 nascia uma banda portuguesa com força suficiente para marcar a diferença num desinspirado panorama pop de cariz electrónico e dançável, já referenciada internacionalmente. "Para Todo o Mal" pode, ainda, não ser a obra prima que esta dupla há-de construir, mas continua a elevar os Mesa ao patamar de excelência que conquistaram, por mérito próprio, com o disco homónimo e com "Vitamina", e é a prova de que 'para todo o mal' existe, efectivamente, um bem.

in Cotonete.

Reservation Road

Inspirado no aclamado livro homónimo de John Burnham Schwartz, "Reservation Road" é o novo thriller dramático do escritor e realizador Terry George ["Hotel Rwanda"], já nomeado por duas vezes pela Academia de Hollywood.
Num final de tarde, o professor universitário Ethan Learner [Joaquin Phoenix], a mulher Grace [Jennifer Connelly] e a filha Emma [Elle Fanning] assistem a um recital de violoncelo de Josh [Sean Curley], o filho de dez anos. No caminho de regresso a casa, param numa bomba de gasolina em Reservation Road e Josh é vítima de um atropelamento mortal...
No mesmo final de tarde, o advogado Dwight Arno [Mark Ruffalo] e o filho Lucas [Eddie Alderson] assistem a um jogo de basebol da sua equipa favorita, os Red Sox. Depois da partida Dwight leva o filho a casa da ex-mulher, mãe de Lucas e professora de música de Josh e Emma, Ruth Wheldon [Mira Sorvino] e passa junto da mesma bomba de gasolina... O acidente acontece tão rápido que Lucas não se apercebe de nada, enquanto Ethan vive intensamente toda a cena, que termina com Dwight em pânico a afastar-se a grande velocidade.
"Reservation Road" é, acima de tudo, uma história de raiva, vingança e coragem, com um grande elenco e fabulosas e intensas interpretações de Joaquin Phoenix, Jennifer Connelly e Mark Ruffalo.



sexta-feira, maio 16, 2008

Brothers & Sisters


Rebecca - I can't help and wonder... What if in all this insanity...

Justin -
What?

Rebecca - It was all just a way to meet you?!?

domingo, maio 11, 2008

Bem-vindo ao Turno da Noite

Ben Willis [Sean Biggerstaff] é um estudante de Belas-Artes que começa a sofrer de insónias quando o seu relacionamendo com a namorada - Suzy [Michelle Ryan] - termina. Para ocupar as oito horas extra que ganha com as noites em branco, começa a trabalhar no turno da noite do supermercado local. No trabalho encontra um invulgar grupo de personagens singulares, cada uma delas com a sua própria “arte” para lidar com as oito aborrecidas horas do turno...
Ben imagina que a sua "arte" é ter a capacidade de fazer parar o tempo. Com o mundo "congelado", conseguiria apreciar a beleza artística daquilo que o rodeia e das pessoas, especialmente da rapariga da caixa, Sharon [Emilia Fox]...
"Bem-Vindo ao Turno da Noite" é uma coerente e emocionante mistura de comédia e fantasia e uma inteligente reflexão sobre o amor que, por vezes, está escondido entre os segundos da vida...







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Ben Willis:
I've always wanted to be a painter, maybe have my work hung in a gallery one day.

Sharon Pintey: I've always wanted to meet a painter.

Ben Willis: Why?

Sharon Pintey: I think it might have something to do with their ability to see beauty in everything.

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Ben Willis:
Once upon a time, I wanted to know what love was. Love is there if you want it to be. You just have to see that it's wrapped in beauty and hidden away in between the seconds of your life. If you don't stop for a minute, you might miss it.

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Ben Willis:
The bad news is that time flies. The good news... is that you're the pilot.

Mafalda Veiga: no 'chão' de Sintra

Com o propósito de apresentar o novo disco, "Chão", Mafalda Veiga subiu esta Sexta-feira (09 de Maio) ao palco do Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, que encheu para a receber. Durante cerca de duas horas ouviram-se as suas belas e desconcertantes canções, verdadeiros hinos de emoções expostas sem rodeios e sem receios.
Aquela que seria a apresentação oficial, e integral, do mais recente trabalho, um disco pop acústico com uma sonoridade bastante mais orgânica do que até aqui lhe conheciamos, começou de mansinho, ao som das etéreas 'Vertigem', 'Imortais' (do novo álbum), 'Vestígios de Ti' e 'Pressinto' (também do novo registo). Era o início de uma noite feita de nostalgicas histórias coloridas, partilhadas em forma de discos e "apropriadas" pelos seguidores.
Visivelmente feliz e orgulhosa de um percurso de mais de vinte anos ligado à música, Mafalda Veiga fez-se acompanhar por Filipe Raposo (piano, rhodes e wurlitzer), António Pinto (guitarras), João Barbosa (guitarras), Paulo Jorge Ferreira (baixo) e Vicky (bateria). Ao fundo do palco compunham o cenário cinco ecrãs, nos quais iam sendo feitas diversas projecções vídeo.
Mafalda e o seu público foram fazendo o habitual "namoro lento" e o espectáculo foi sempre crescendo em emoção e entrega. Se 'Uma Noite Para Comemorar' resumiu a premissa do serão na perfeição, 'Antes da Escuridão', um tema influenciado pelas «imagens de guerra que todos os dias passam na televisão, em contraste com a paz que temos e que muitas vezes não valorizamos», foi um dos (muitos) momentos especiais da noite, interpretado com um jogo de lanternas suspenso sobre os músicos que, acendendo e apagando em compasso, faziam lembrar um céu estrelado.

Talvez porque as suas letras cruzam o privado e o global, porque contam histórias de todos os dias e, assim, devassam a nossa privacidade e a expõem sem pudor, as músicas de Mafalda Veiga são maiores do que ela própria, ultrapassam a genialidade da autora. As suas composições pertencem ao público, os «cúmplices do caminho», amigos, presentes, dedicados, com quem a cantora tem uma relação única, porque próxima, bela, porque genuína e feita de trocas. Assim, «és a maior», «és a melhor» e «és linda» foram algumas das "massagens ao ego" feitas pelos fãs à artista durante o espectáculo.
Tal como havia sido anunciado, o novo disco, porventura o melhor e o mais destemido da sua carreira, foi interpretado na íntegra. Desse chão sensorial, «que nos ampara mesmo quando parece não haver nada para nos suportar», a cativante 'Estrada', foi uma das canções mais bem recebidas, muito por culpa da irresistível sonoridade do banjo, em harmonia com os versos optimistas da letra. Bastante aplaudidos foram, também, 'Os Dias, segundo revelou a cantora, uma música «sobre a minha rua», e também 'Balançar', 'Abraça-me Bem' e a fabulosa 'Outra Margem de Mim'. Das mais antigas ouviram-se 'Uma Gota', 'Tatuagens' e 'Fim do Dia (No Lado Quente da Saudade)'. Um dos momentos altos da noite viveu-se com a apresentação de 'Cúmplices', já no primeiro encore. A música composta especificamente para o clube de fãs, em jeito de agradecimento, e incluída no disco "Na Alma e na Pele" (2003), foi cantada a uma só voz.
Para o final, num segundo regresso ao palco, ficaram reservadas as pérolas 'Um Pouco De Céu' e 'Por Outras Palavras'. O incontornável 'Cada Lugar Teu', nas palavras da autora, uma música «que me lembra muitas imagens de plateias a cantar e que é vossa», foi pedido por várias vezes ao longo do serão, mas havia de marcar os derradeiros minutos do espectáculo. Era o culminar de perto de duas horas plenas de magia e comunhão, ao som da banda sonora das vidas de muitos dos presentes e mais um patamar na consagração de uma das melhores compositoras da música nacional dos últimos vinte anos.

O alinhamento do espectáculo foi o seguinte:

Vertigem
Imortais
Vestígios de Ti
Pressinto
Uma Noite Para Comemorar
Antes da Escuridão
Faz Parte
De Mão Em Mão
Entre Perdidos e Achados
Uma Gota
Os Dias
Tatuagens
Era Uma Vez Um Pensamento Teu
Balançar
Ao Teu Redor
Estrada
Um Filme
Abraça-me Bem
Fim do Dia (No Lado Quente da Saudade)
Outra Margem de Mim

1º encore
Por Te Rever
Cúmplices

2º encore
Um Pouco De Céu
Por Outras Palavras
Cada Lugar Teu

in Cotonete

segunda-feira, maio 05, 2008

Dan In Real Life

Dan Burns (Steve Carrell) é um colunista especialista em aconselhamento familiar, mmas com dificuldades emocionais para sobreviver como viúvo e pai de três filhas. Dan é um pai extremoso e dedica-se de forma quase exclusiva à sua descendência.
Durante um fim-de-semana passado com a numerosa família, Dan conhece uma mulher por quem se apaixona. Até aqui tudo bem... Os problemas começam quando Dan descobre que Marie (Juliette Binoche), a sua apaixonada, é a nova namorada do irmão Mitch (Dan Cook).
Apesar dos vários clichés, "Dan In Real Life" sobrevive graças a um argumento bem engendrado, uma boa banda sonora e um elenco coerente.



trailer aqui

domingo, maio 04, 2008

David Fonseca - Kiss Me, Oh Kiss Me

...Kiss me, oh kiss me,
If that can make it right.
Try me, find me,
Just throw them on me…
Those failed expectations…
Floods and afflictions you’re through.
Cause I just might, take them home with me
...


letra completa aqui

quinta-feira, maio 01, 2008

My Blueberry Nights

"My Blueberry Nights" é a primeira incursão americana do realizador Wong Kar Wai ("Disponível para Amar", "Chungking Express") e abriu a edição deste ano do festival de Cannes. Jude Law, Norah Jones, Rachel Weisz, David Strathairn, Natalie Portman e Chan Marshall (mais conhecida como Cat Power) integram o irresistível elenco do filme.

Jeremy (Jude Law) veste a pele de um gerente de café e está acostumado a ouvir as histórias dos clientes. Uma noite recebe a visita de Elizabeth (Norah Jones), uma mulher que acaba de sofrer um desgosto de amor. A empatia entre os dois é imediata e Elizabeth passa a frequentar o café regularmente.
Determinada a livrar-se do passado, Elizabeth embarca numa viagem pela América. Nessa jornada, as experiências que vive e os vários estranhos com quem se vai cruzando [um polícia (David Strathairn) que não consegue abandonar a ex-mulher (Rachel Weisz) e uma viciada no jogo (Natalie Portman)] alteram para sempre a sua vida.
Ao desligar-se do passado, Elizabeth descobre um novo caminho que acabará por reconduzi-la ao amor.
Entretanto, Jeremy procura desesperadamente Elizabeth e, eventualmente, os dois acabarão por se reencontrar.




Memorable quotes:
Elizabeth: So what's wrong with the Blueberry Pie?
Jeremy: There's nothing wrong with the Blueberry Pie, just people make other choices. You can't blame the Blueberry Pie, it's just... no one wants it.
Elizabeth: Wait! I want a piece.
...
Elizabeth: [wiping her tears] How do you say goodbye to someone you can't imagine living without? I didn't say goodbye. [pause]
Elizabeth: I didn't say anything. I just walked away.
...
Elizabeth: It took me nearly a year to get here. It wasn't so hard to cross that street after all, it all depends on who's waiting for you on the other side.