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quinta-feira, setembro 27, 2007

Os sonhos coloridos de David Fonseca

«Idolatrado enquanto figura de proa dos Silence 4, reputado na carreira a solo, David Fonseca tem, hoje, pouco a provar. O leiriense é, actualmente, um artista ímpar no panorama musical nacional e um dos músicos portugueses com maior sentido de espectáculo, combinando, com mestria, as componentes sonora e visual nas suas apresentações ao vivo.

"Dreams In Colour" (capa na imagem) é a terceira incursão do cantor nas lídes discográficas. A matriz sonora é a mesma, mas sofreu a maturação decorrente das doses elevadas de perfeccionismo e preciosismo que David demonstrou nas suas anteriores experiências.

Se com os dois discos de estúdio que lançou com os Silence 4, que cessaram actividades no auge da respectiva carreira, e com os seus primeiros longa-duração a solo, "Sing Me Something New" (2003) e "Our Hearts Will Beat As One" (2005), provou ser meritório da atenção a que era votado, ao terceiro álbum em nome próprio, David Fonseca realiza um voo mais alto. A evolução ao nível da escrita, a luminosidade e a coesão do disco enquanto um todo são três marcos deste trabalho, que o tornam no mais interessante, até à data, do autor de 'Hold Still' e 'The 80's'.

O assobio inconfundível da primeira amostra do registo, 'Superstars', deixou toda a gente a trautear, incansavelmente, a melodia do tema. O vídeoclip, feito propositadamente para a música, com realização a cargo do próprio David Fonseca, é mais um exemplo da sua dedicação a tudo aquilo em que se envolve e a todas as etapas da sua criação. Mas há mais sonhos coloridos em forma de música para conferir dentro do novo disco de David Fonseca, desde o electrizante 'Silent Void' [uma espécie de intenso e viciante upgrade de 'Our Heart Will Beat As One'], ao frenético 'This Raging Light' [seguramente um dos melhores temas da música nacional em 2007 e um piscar de olhos claro, e extremamente positivo, diga-se, aos Arcade Fire], passando por '4th Chance', a introspectiva 'I See The World Through You' e a interessante versão de 'Rocket Man', um original de Elton John.

"Dreams In Colour" não fica, em nada, atrás do que se faz fora de portas, dentro do género. É uma lufada de ar fresco, um elogio à estética e um sério candidato a um dos melhores discos do ano em termos de produção nacional. Agora que chegou aos escaparates, os portugueses devem, sem hesitar, ter mais orgulho na música que por cá se faz».

terça-feira, setembro 18, 2007

Sweet Like Chocolate

Todos, ou quase todos, gostamos de chocolate. É bom para adoçar a boca, a mente e a alma... e já agora, porque não a vida?

by Shanks & Bigfoot

domingo, setembro 16, 2007

Susan Cagle: a menina do metro!


A primeira vez que ouvi falar de Susan Cagle foi na 'Oprah', quando a menina foi ao programa apresentar, ao vivo, o tema 'Dear Oprah'. Reza a história que, em tempos, a cantora escreveu uma carta a Oprah Winfrey que nunca chegou a enviar e que essa carta deu origem a esta música.


Susan Cagle nasceu numa família de músicos, nos EUA. Quando se mudou para Nova Iorque resolveu fazer da música a sua actividade principal. Pouco depois dos atentados do 11 de Setembro começou a tocar no metro, onde foi descoberta pelo produtor Jay Levine. Daí até à edição do álbum de estreia "The Subway Recordings", foi um ápice.

Seis músicas do disco foram gravadas na estação de Times Square e as restantes na de Grand Central, em plena hora de ponta. Letras tão simples quanto profundas, com refrões catchy e melodias a condizer. Uma espécie de Avril Lavigne incomparavelmente mais madura.

'Shakespeare', 'Manhattan Cowboy' e 'Happiness Is Overrated' são alguns dos melhores momentos do disco, que podem 'espreitar' no site oficial de Susan Cagle. 'Dear Oprah', infelizmente, não consta do álbum mas está disponível, por exemplo, no iTunes.

01. Shakespeare
02. Stay
03. Dream
04. Be Here
05. Ain't It Good To Know
06. Manhattan Cowboy
07. Happiness Is Overrated
08. You Know
09. Transitional
10. Ask Me

domingo, setembro 02, 2007

Selecção nacional: André Indiana

Profissão: Músico

Discografia:
"MUSIC FOR NATIONS" (2003)








"DESTILLED & BOTTLED"(2006)


Highlights:
'Electric Mind'
'Find A Way'
'I Do'
'Rip Off'
'Alone With You'
'Tripping on The Edge of The Light'
'Busted'


«Porque cantas em inglês? Alguma vez pensaste compor em português?
Eu escrevo quase sempre em Inglês, mas também escrevo em Português, acontece que gosto da tradição musical da língua inglesa e parece-me que faz mais sentido com a minha musica.

Qual o instrumento que mais gostas de tocar?
O Instrumento que eu sei tocar melhor é provavelmente a guitarra, mas o que eu gosto mais varia muito, uns dias é o piano, outros dias bateria , baixo, harmónica... normalmente se estou a tocar um e vejo alguém a tocar outro fico a pensar: "Hmmm, aquilo parece fixe..." .

Com qual dos teus 2 discos / ou temas mais te identificas?
Apesar de gostar muito dos meus dois discos, tenho de dizer que este último me está ainda muito próximo, foi um album que deu muito trabalho, com muitas montanhas russas de emoções. E por isso neste momento identifico-me um pouco mais com o "DESTILLED AND BOTTLED".

Quais as tuas maiores influências?
As minhas influências musicais são tantas que não cabiam aqui, eu adoro música desde muito novo e tenho centenas e centenas de álbuns dos mais variados estilos.A minha maior influência é sem dúvida os blues, mas o rock, r&b e soul bem como o jazz são igualmente importantes para mim. Para dizer nomes de alguns artistas tenho de deixar muitos de fora que adoro. Os meus artistas favoritos vão desde os Beatles, Sly Stone, Bob Dylan, Jimi Hendrix, John Coltrane, The Who, Sex Pistols, Neil Young, Tom Waits, ou mais recentemente Cody Chesnutt, D'Angelo e Nikka Costa.

Qual o grupo nacional/internacional que gostavas partilhar palco?
Felizmente já tive a oportunidade de partilhar palco com pessoas que admiro muito, desde o Rui Veloso ao Robert Plant, Charlie Musselwhite e muitos outros. A verdade é que espero ainda tocar com muitos mais. Infelizmente, muitos dos meus artistas favoritos já cá não estão, porque poder cantar/tocar uma musica em palco com o Jimi Hendrix seria algo completamente inesquecível.

Tiveste apoio da tua família / amigos?
Sim, sempre fui apoiado pela família e amigos, o maior apoio e incentivo que tive foi provavelmente da minha irmã Sara, que já não está cá, mas que lhe dedico tudo o que faço.

Um conselho para quem quer seguir a música…
O que posso dizer é que se amam a música, sejam honestos com ela e com voçês próprios,- "Tu és o que cantas e cantas o que és"».

by InhaPaula