Os sonhos coloridos de David Fonseca
«Idolatrado enquanto figura de proa dos Silence 4, reputado na carreira a solo, David Fonseca tem, hoje, pouco a provar. O leiriense é, actualmente, um artista ímpar no panorama musical nacional e um dos músicos portugueses com maior sentido de espectáculo, combinando, com mestria, as componentes sonora e visual nas suas apresentações ao vivo.
"Dreams In Colour" (capa na imagem) é a terceira incursão do cantor nas lídes discográficas. A matriz sonora é a mesma, mas sofreu a maturação decorrente das doses elevadas de perfeccionismo e preciosismo que David demonstrou nas suas anteriores experiências.
Se com os dois discos de estúdio que lançou com os Silence 4, que cessaram actividades no auge da respectiva carreira, e com os seus primeiros longa-duração a solo, "Sing Me Something New" (2003) e "Our Hearts Will Beat As One" (2005), provou ser meritório da atenção a que era votado, ao terceiro álbum em nome próprio, David Fonseca realiza um voo mais alto. A evolução ao nível da escrita, a luminosidade e a coesão do disco enquanto um todo são três marcos deste trabalho, que o tornam no mais interessante, até à data, do autor de 'Hold Still' e 'The 80's'.
O assobio inconfundível da primeira amostra do registo, 'Superstars', deixou toda a gente a trautear, incansavelmente, a melodia do tema. O vídeoclip, feito propositadamente para a música, com realização a cargo do próprio David Fonseca, é mais um exemplo da sua dedicação a tudo aquilo em que se envolve e a todas as etapas da sua criação. Mas há mais sonhos coloridos em forma de música para conferir dentro do novo disco de David Fonseca, desde o electrizante 'Silent Void' [uma espécie de intenso e viciante upgrade de 'Our Heart Will Beat As One'], ao frenético 'This Raging Light' [seguramente um dos melhores temas da música nacional em 2007 e um piscar de olhos claro, e extremamente positivo, diga-se, aos Arcade Fire], passando por '4th Chance', a introspectiva 'I See The World Through You' e a interessante versão de 'Rocket Man', um original de Elton John.
"Dreams In Colour" não fica, em nada, atrás do que se faz fora de portas, dentro do género. É uma lufada de ar fresco, um elogio à estética e um sério candidato a um dos melhores discos do ano em termos de produção nacional. Agora que chegou aos escaparates, os portugueses devem, sem hesitar, ter mais orgulho na música que por cá se faz».
"Dreams In Colour" (capa na imagem) é a terceira incursão do cantor nas lídes discográficas. A matriz sonora é a mesma, mas sofreu a maturação decorrente das doses elevadas de perfeccionismo e preciosismo que David demonstrou nas suas anteriores experiências.
Se com os dois discos de estúdio que lançou com os Silence 4, que cessaram actividades no auge da respectiva carreira, e com os seus primeiros longa-duração a solo, "Sing Me Something New" (2003) e "Our Hearts Will Beat As One" (2005), provou ser meritório da atenção a que era votado, ao terceiro álbum em nome próprio, David Fonseca realiza um voo mais alto. A evolução ao nível da escrita, a luminosidade e a coesão do disco enquanto um todo são três marcos deste trabalho, que o tornam no mais interessante, até à data, do autor de 'Hold Still' e 'The 80's'.
O assobio inconfundível da primeira amostra do registo, 'Superstars', deixou toda a gente a trautear, incansavelmente, a melodia do tema. O vídeoclip, feito propositadamente para a música, com realização a cargo do próprio David Fonseca, é mais um exemplo da sua dedicação a tudo aquilo em que se envolve e a todas as etapas da sua criação. Mas há mais sonhos coloridos em forma de música para conferir dentro do novo disco de David Fonseca, desde o electrizante 'Silent Void' [uma espécie de intenso e viciante upgrade de 'Our Heart Will Beat As One'], ao frenético 'This Raging Light' [seguramente um dos melhores temas da música nacional em 2007 e um piscar de olhos claro, e extremamente positivo, diga-se, aos Arcade Fire], passando por '4th Chance', a introspectiva 'I See The World Through You' e a interessante versão de 'Rocket Man', um original de Elton John.
"Dreams In Colour" não fica, em nada, atrás do que se faz fora de portas, dentro do género. É uma lufada de ar fresco, um elogio à estética e um sério candidato a um dos melhores discos do ano em termos de produção nacional. Agora que chegou aos escaparates, os portugueses devem, sem hesitar, ter mais orgulho na música que por cá se faz».
in Cotonete.