Entre o génio e a loucura

Agrada-me o limiar entre a sanidade e a loucura. Gosto de pessoas que tenham a capacidade de arriscar, de se superar, sem nunca irem contra os próprios principios. É talvez por isso que Proof é um dos meus filmes de eleição e, quanto a mim, uma das melhores prestações de sempre da carreira de Gwyneth Paltrow.

Nesta película John Madden, o realizador de Shakespeare In Love, e Paltrow voltam a encontrar-se, numa história galardoada com um prémio Pulitzer.

Gwyneth é Catherine, uma miuda com um Q.I. acima da média, mas extremamente instável e que vive aterrorizada com a hipótese de poder vir a herdar alguma da loucura do pai, um génio da matemática (Anthony Hopkins) que morre e deixa para trás um mistério: um caderno com uma demonstração que os matemáticos tentam descobrir desde que há matemáticos. Catherine reclama ser a autora, mas todos acham impossível que seja ela o cérebro por detrás da brilhante descoberta... inclusivé o namorado (Jake Gyllenhaal), um ex-aluno do pai.

Será que ela herdou alguma da genialidade do pai? Não poderá ela, eventualmente, ser melhor até do que ele?
Há coisas realmente complicadas de provar: a sanidade, a confiança e o amor são algumas delas... e em Proof são, precisamente o cerne da questão!