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sábado, outubro 21, 2006

Pergunta de retórica

Sou um gajo tolerante. Corrijo: altamente tolerante!
Passo a explicar: engulo muitos sapos, não perco tempo ou sequer gasto as minhas preciosas energias com coisas menores, prefiro calar-me e esquecer o assunto! Errado? Não penso dessa forma.
Por vezes prefiro mesmo não me chatear, sobretudo quando se trata de questões profissionais. Claro que, uma coisa é calar, outra bem diferente é comer e calar e, de todo, não gosto que me pisem os calos! Quando isso acontece, ajusto todas as contas em atraso... Sim, porque a malta perdoa, mas não esquece.
Ao nível pessoal, o discurso é o mesmo... entre amigos ou nas relações... para evitar zangas, aturo imensas coisas, pois sou adepto do chillout, da máxima "paz e amor"... até ao momento em que a situação se torna insuportável e lá vêm os ajustes de contas...
A questão que se coloca é: uma pessoa nos faz 30000 coisas... até que, um belo dia, tem uma qualquer atitude que faz saltar a tampa? Como se recupera a confiança nessa pessoa? A pessoa jura a pés juntos que se deu conta dos erros que cometeu e que daí para a frente tudo será diferente... Mas como esquecer ou passar por cima do que está feito? Será a confiança algo recuperável ou passível de ser restaurada, mesmo que os alicerces estejam putrificados?

...too little, too late
no going back to the start
you only lose when you hesitate
and now that I would give you my heart
it's too little, too late...

[Amanda Marshall - Too Little Too Late]

8 Comentários:

  • Às sábado, outubro 21, 2006 4:02:00 da tarde , Blogger Mr. Placard disse...

    No meu caso, acho que a confiança é daquelas coisas que se perde em poucos segundos...e demora um eternidade a conquistar...

    Quando me falam em confiança lembro-me sempre disto:

    “A Confiança é algo frágil.

    Depois de conquistada, dá-nos uma enorme liberdade.
    Mas, depois de perdida, pode ser impossível de recuperar.

    Claro que a verdade é: nunca sabemos em quem confiar.

    Os que nos são mais próximos podem trair-nos.
    E estranhos podem vir em nosso auxílio.

    No final, a maioria decide confiar apenas em si...
    É a maneira mais simples de não se ser queimado!”

    Acho que dá para ver de onde caiu isto...mas é a mais pura verdade!!

     
  • Às sábado, outubro 21, 2006 6:30:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

    tudo depende da pessoa em kestao, do tipo de confiança, mas com o tempo a coisa pode ser recuperavel...

     
  • Às sábado, outubro 21, 2006 6:59:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

    Se consideras a pessoa realmente válida. Se a queres ao pé de ti. Se queres construir alguma coisa com ela. Então, antes de tentares reconstruir a confiança (porque isso é uma fase mais à frente) acho que deves a pessoa voltar a aproximar-se.
    Toda a gente faz merda. Toda a gente erra. E toda a gente tem o direito de perdoar ou não perdoar. Portanto é tudo um jogo de espaços, de deixar ou não deixar.
    São as famosas soluções de compromisso. Quanto a alicerces putrificados, acho que não querem dizer nada. Se existir vontade para isso, mandam-se a baixo e constroem-se de novo. Se não houver vontade é mais complicado.

    E então? Queres ou não queres ganhar confiança na pessoa novamente? Queres ou não queres que ela se aproxime de novo?

    It's up to you. Pelo texto parece-me que a outra pessoa deu o passo e agora a bola está do teu lado. Ficas em jogo ou vais para o banco?

    E como sabes eu acredito que as coisas não são fáceis de construir e que nem sempre valem a pena reconstruir. Mas eu sou eu e eu não sou tu. Take a stand and live by it.

     
  • Às domingo, outubro 22, 2006 3:20:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

    Lembro-me de ser miúdo e o meu avô dizer "confia, desconfiando", com ar de sábio. Na altura não liguei muito, até porque não compreendia na totalidade a mensagem.
    O que é certo é que ao longo dos anos, pessoas que já me foram próximas e que me magoaram, tiveram direito a uma segunda oportunidade. Outras caíram no saco do esquecimento.

    Acho que devemos sempre avaliar o problema numa relação confiança/gravidade. Até hoje tem dado resultado comigo.

    Há pouca gente em quem eu sinta que posso confiar plenamente.

    E eu sou tal como tu, deixo as coisas passar mas não as esqueço. Há quem diga que é mau (péssimo talvez) mas não creio que seja positivo andar sempre a chamar A ou B à atenção. Não sou pai nem tutor de ninguém e acho que cada um deve ter em si a capacidade de avaliar os seus actos em relação àquilo que faz aos e com os outros.

    Encontro-me numa fase em que me sinto magoado com alguns membros do meu grupo de amigos. Eles sabem-no e sabem também que, uma vez retirada a confiança, retomá-la é sempre bastante complicado. Não sou de extremos de "amor/ódio". Gosto das coisas como elas têm de ser, mediante a realidade em que estão.

    Avalia e pensa no que queres em relação à pessoa em questão. Só tu poderás saber o que sentes.

     
  • Às terça-feira, outubro 24, 2006 11:56:00 da manhã , Blogger Little Tiago Boy disse...

    Concordo com o Gonçalo...e não acrescento mais nada..
    De qualquer das maneiras...tenho um novo blog..
    Quando poderes/kiseres passa lá...o teu tá muito bom...;)
    http://picturesofmythoughts.blogspot.com

     
  • Às terça-feira, outubro 24, 2006 10:43:00 da tarde , Blogger Junta-te ao clube disse...

    Pois gajo, acho que aqui os conselhos não funcionam mesmo. É uma escolha/opção muito pessoal. Só tua... Mas como percebo o teu dilema... Agora só tu é que podes fazer com que à noite consigas dormir de consciência tranquila e uma das formas é saber que tentaste tudo por tudo e que se não funcionou não foi por falta de esforço teu...

    Dá para perceber?

    Ass: Gattaca

     
  • Às domingo, novembro 05, 2006 4:51:00 da tarde , Blogger GK disse...

    Sou diferente. Para mim, as relações são engrenagens que têm de estar bem oleadas. Se entra um grão torna-se um problema. Se entram dois, pior... Até que um dia "descarrila" sem motivo pata tanto. Prefiro tratar de grão a grão para dar oportunidade ao outro lado de fazer o mesmo (de mudar, de corrigir, de cuidar, de se esforçar) e continuarmos com a nossa "engrenagem" em grande forma. É mais fácil corrigir e esquecer só um grão...
    Quanto à confiança... Será que a pessoa tinha consciência de quantos erros que lhe tinhas a apontar se nunca o fizeste? Se só agora fazes uma tempestade?
    Não sei.
    O que te diz o coração?

     
  • Às terça-feira, novembro 07, 2006 10:03:00 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

    "Só gosto de quem gosta de mim!"
    Beijinhos

     

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