Green Day (em) grande(s)

Sempre achei piada aos Green Day, a mesma piada que encontro hoje em Avril Lavigne, muito por conta da irreverência juvenil que transmitiam os rapazes no inicio de carreira e que a canadiana encarna na perfeição.
Em relação aos Green Day a minha opinião mudou bastante: deixei de, simplesmente, gostar para passar a admirar. E porquê? Por causa de “American Idiot”, o último álbum da banda norte-americana…
O grupo de Billy-Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tre Cool diz que o disco é uma ópera rock que «pormenoriza a alienação e a desilusão do cidadão americano, sob a administração Bush, pós-Guerra contra o Terrorismo». Como se isto não bastasse, estes meninos ainda fizeram campanha junto da malta mais jovem lá nos States para que não se abstivessem nas ultimas presidenciais. E os Green Day não foram a única voz do mundo da musica que se insurgiu contra Bush…Ainda assim o desfecho foi o que se conhece…
Anyway, vão-se os protestos, ficam as canções. E que bela colheita que é “American Idiot". A linha condutora continua a ser a mesma: está lá a essência roqueira do trio e o som também não mudou muito; transformou-se a mentalidade e a forma de estar do colectivo, transmitida, e bem, através das letras… E é muito por isso que hoje, mais do que em 1994, admiro o trabalho dos Green Day.
Vejam, por exemplo, o ataque cerrado que é a faixa “American Idiot” e as metáforas em “Boulevard Of Broken Dreams” e “Wake Me Up When September Ends”, os três singles. Reparem nos vídeos, nas mensagens que encerram e no bom gosto extremo de quem os fez… O single novo, “Wake Me Up When September Ends”, foi de resto o mote para este post… Acho a musica simplesmente fabulosa.
Parabéns rapazes! Continuem a fazer discos assim. O people agradece!